sexta-feira, 23 de março de 2007

Filipéia

talvez fosse mentira.
mais uma daquelas que
se inventa
quando o mar não tá
(pra peixe)
e quando
se faz questão de tornar
uma casualidade em
vontade
e
uma bebedeira
em promessa

um caminho de volta
cheio de
borboletas kamikazes
e de
buracos na alma
...
deixar-se pelo meio do caminho
em um sertão
onde o boi só morre afogado
onde helicopteros têm
nome e sobrenome
onde poetisas a frente do
seu tempo
enviam cartas a grandes
ditadores da ordem
e da visão
do povo